Procura internacional continuará a existir, não só em gamas altas, mas também médias

no responses
0
text2image_T7845538_20200617_133550

03-06-2020, 6:14

Fernando Vasco Costa, diretor geral da Nexity Portugal, em entrevista ao idealista/news, analisa o mercado e revela o plano estratégico da promotora para o país.

Estava há dois anos de olhos postos em Portugal, à “caça” de oportunidades e a fechar negócios. Estreou-se oficialmente em tempos de pandemia, no passado mês de maio, mas está pronta para “não baixar os braços” e seguir em frente, para dar a volta à crise. A promotora imobiliária de origem francesa, Nexity, voltou ao país para construir casas para todos e já tem vários projetos em marcha no Porto e em Lisboa. Fernando Vasco Costa, diretor geral da empresa em Portugal, defende, em entrevista ao idealista/news, que a oferta de habitação nova no país continua a ser escassa para a grande procura, e antecipa que o interesse internacional continuará a existir não só em gamas altas, mas também médias”.

O responsável não ignora o natural impacto do surto da Covid-19 na economia e negócios, mas considera que o país está na linha da frente da retoma. Na habitação, diz, “continua a haver muita carência de oferta”, e acredita, por isso, que os projetos “continuarão a ter sucesso”. Refere, aliás, “sinais claros de que há uma grande procura que não está satisfeita”, mesmo em tempos de pandemia, e que, perante esta escassez, se torna “difícil baixar preços”.

E, apesar do pipeline de novos projetos residenciais em Portugal ter alguma dimensão, Fernando Vasco Costa acha muito difícil que isso se venha a traduzir num excesso de oferta. “Acho que não há esse risco atualmente”, afirma. Não só por causa da carência evidente, mas também porque a procura internacional continuará muita ativa, quer no segmento alto, mas também médio. O diretor geral da Nexity Portugal deu o exemplo de muitas famílias internacionais “que têm Portugal como destino ideal para virem viver e trabalhar”, para argumentar que existe ainda, por isso, “muitas dinâmicas que têm que ser acolhidas e respondidas pela nossa oferta”.

O plano estratégico da promotora para Portugal passa, entre outras coisas, por criar oferta de construção nova para as famílias portuguesas, e para cumprir esse objetivo a Nexity vai investir, desde já, 68 milhões de euros em três projetos residenciais, com um total de 299 apartamentos. A ideia será começar a construir, já em outubro deste ano, um dos edifícios de Leça da Palmeira (Porto), com 21 pisos e 108 apartamentos, e o edifício no Dafundo (Lisboa), que terá 61 apartamentos. Ambos representam um investimento de 24 milhões de euros. Para o outro edifício que deverá começar a nascer em Leça, no primeiro trimestre de 2021, com 130 apartamentos, a Nexity destinou 20 milhões de euros. A promotora tem ainda outros terrenos e mais planos em vista para uma segunda fase de investimentos, avaliada em 160 milhões.

Dos motivos do regresso a Portugal, até ao planos da Nexity para o futuro, passando pelo diagnóstico do mercado imobiliário e os efeitos da pandemia nos negócios. Fernando Vasco Costa, avalia estas e outras questões em entrevista ao idealista/news que agora reproduzimos na íntegra.

Como é que a Nexity se preparou durante estes dois anos até ao lançamento oficial?

Estes dois anos serviram para começarmos a analisar o mercado. De facto fizemos alguns estudos, perceber qual era a capacidade das famílias, perceber como é que o mercado estava a funcionar. Começámos a analisar oportunidades, também a negociá-las, e a adquiri-las, para depois começarmos o desenvolvimento dos respetivos projetos e licenciamentos. Uma parte importantíssima destes dois anos foi também a construção de uma equipa forte, que está a desenvolver estes projetos e que está a preparar o lançamento comercial dos mesmos. Estamos a apostar numa lógica de longo prazo e temos que ter uma base sólida para a concretização desta estratégia. 

Este lançamento no mercado acontece neste contexto de pandemia. É um entrave ou uma oportunidade?

Claro que o choque é grande. Começa por ser um entrave enorme e seria muito enganador dizer o contrário. Mas nós não paramos, queremos realmente transformá-lo numa oportunidade. Estamos com certeza a reagir, a pensar no dia seguinte e a avançar em frente.

Veja a notícia completa com o vídeo em: https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2020/06/02/43546-procura-internacional-continuara-a-existir-nao-so-em-gamas-altas-mas-tambem-medias

Fonte: idealista.pt